quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

TROMPETE




O trompete é um instrumento musical de sopro pertencente à família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo, em cujas extremidades ficam o bocal e a campânula. Três válvulas (pistões), introduzidas no século XIX, permitem-lhe a emissão de todas as notas e suas gradações.
      O trompete é provavelmente , dos instrumentos musicais actualmente existentes, aquele que mais evoluiu ao longo dos tempos. A sua longa história teve início quando nos primórdios da humanidade os nossos antepassados começaram a usar materiais ocos (como cornos de animais ou conchas de moluscos) para amplificar o som.
    
          O sistema de válvulas

          À entrada de 1800 o trompete começava a perder popularidade tendo em conta as limitações já apontadas. Para tentar solucionar o problema, em 1801 Anton Weidinger, de Viena (Áustria) inventou o trompete com chaves. Não foi feliz, uma vez que o tipo de chaves usado era semelhante ao utilizado nos saxofones e som do instrumento perdeu claramente qualidades em termos do seu timbre e nitidez. Este tipo de trompete não ganhou particular popularidade...
      Mas quando o declínio do trompete começava a ser preocupante eis que, em 1813 surge o maior invento da história do instrumento e lhe permitiu adquirir um estatuto nunca alcançado até então: a introdução do sistema de válvulas.
      O trompete era agora capaz de produzir confortavelmente uma escala completa em vários registos tímbricos, para além de que a sua execução se torna muito menos dificultada. Tal invento determinou a ascensão do trompete no que se refere ao seu uso orquestral.
           E já que falamos no sistema de válvulas convém aqui explicar sucintamente como funciona: Sem nenhum dos pistões pressionados, apenas o tubo principal é utilizado e o ar atravessa-o de uma ponta à outra no trajecto mais curto possível. Quando se pressiona um dos pistões, como que se adiciona uma extensão ao tubo principal; o ar passa da válvula para a extensão adicional do tubo e deste novamente para a válvula saindo depois desta para o tubo principal do trompete. Este processo (aumento da extensão do tubo) resulta na emissão de um som mais grave. Se mais do que um pistão for accionado, o ar passa primeiro pela extensão que se encontra mais afastada do músico seguindo depois o seu trajecto através das outras válvulas até sair na extremidade (campânula) do instrumento.
      A utilização intensiva do trompete na música Jazz levou a que as potencialidades deste instrumento e a técnica dos instrumentistas fossem levadas ao extremo, com vantagens não apenas ao nível deste género musical mas também dos variados domínios artísticos onde o trompete assume e continuará certamente a assumir um papel fundamental. 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FAMÍLIA DOS SAXOFONES




            Saxofone, também conhecido simplesmente como sax, é um instrumento de sopro inventado em 1840 e patenteado em 1846 pelo belga Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França no século XIX.
          O pai do saxofone foi o belga Antonie Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar para Paris, e começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a ideia de criar o saxofone. A data exata da criação do instrumento foi em 28 de junho de 1840.
          Embora seja feito de metal, o saxofone pertence à família das madeiras.
                O saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente latão, com uma mecânica semelhante à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cônico com 26 orifícios que têm as aberturas controladas por 23 chaves vedadas com sapatilhas, geralmente de couro (nas versões mais modernas), e uma boquilha onde se acopla uma palheta, geralmente de bambu.
         > A boquilha é a peça que se encaixa na ponta do saxofone e na qual é fixada a palheta. O seu funcionamento é semelhante ao de um apito, que gera as vibrações que irão percorrer o corpo do instrumento e as quais se tornarão o som típico do saxofone. As boquilhas podem ser fabricadas dos mais diversos materiais: massa plástica, metais, acrílico, madeira, vidro e até mesmo osso, contudo as de massa plásticas e de metais são as mais utilizadas.
                > A palheta é a responsável pela emissão do som pelo instrumento. Ao soprarmos a boquilha é gerada uma coluna de ar que faz vibrar a palheta, produzindo o som. Quanto mais dura é a palheta, maior é o esforço para a emissão da nota, contudo menor é o esforço para manter o controle da afinação.

                Temos como exemplo:
                                                               Saxofone Alto

                                                                          
                                                                
                                                                 Saxofone Tenor


                                                                                     


                                        

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CONCERTO DE APRESENTAÇÃO DO CD

      É com grande orgulho que o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense organiza com a colaboração do Município e Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra este concerto de apresentação do tão esperado CD.
    Um concerto a realizar no dia 12 de Fevereiro no Edifício Multiusos de Pampilhosa da Serra pelas 21:30H. Vão ser tocadas músicas como:
    
    > Tributo a Carlos Paião
    > Cláudia
    > Uma noite em Lisboa
    > Storie di tutti i giorni
    > Viva Itália
    > Antonin's New World
    > Queen's Park Melody
    > Despedida

 E também como não poderia deixar de ser as músicas da nossa gente:

    > Recordações da Pampilhosa
    > Lágrima

Apareçam a este grande espetáculo!




segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CLARINETE





O clarinete é um descendente do chalumeau, instrumento bastante popular na Europa pelo menos desde a Idade Média. Em 1690, Johann Christoph Denner, charamelista alemão, acrescentou à sua charamela uma chave para o polegar da mão esquerda, para que assim pudesse tocar numa abertura, o que lhe trouxe mais possibilidades sonoras. Surgiu, assim, o clarinete contemporâneo. Introduzido nas orquestras em 1750, foi um dos últimos instrumentos de sopro incorporados à formação orquestral moderna. E o clarinete é usado até hoje nas maiores orquestras do mundo.
O clarinete é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico de madeira,  com uma boquilha cônica de uma única palheta e chaves.  Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo.
O clarinete é constituído por cinco partes: a boquilha, o barrilhete, o corpo superior, o corpo inferior e a campana;
   >  Boquilha: é a zona do clarinete onde se sopra. Usa-se uma palheta (feita de cana, que vibra com a passagem do ar), produzindo som;
   >  Barrilete: dá algum tamanho ao clarinete. É usado para a afinação. Quando o clarinete está “alto”, puxa-se o barrilete para cima, mas caso contrário, põe-se o barrilete para baixo. Barriletes de vários tamanhos, barriletes ajustáveis, e anéis de calço são vendidos para correção de afinação;
   >  Corpos -superior e inferior: estes corpos são onde estão localizados os buracos e chaves onde se toca. O som fica diferente à medida que se mudam os dedos de posição, fazendo com que o ar saia por buracos diferentes;
   >  Campanula: a campanula é o “amplificador” do clarinete;

Um pequeno exemplo:


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A FLAUTA TRANSVERSAL





A flauta transversal, por vezes chamada simplesmente de flauta, é um instrumento da família das madeiras. É um instrumento não palhetado, possuindo um orifício por onde o instrumentista sopra perpendicularmente ao sentido do instrumento
Apesar de actualmente ser fabricada em metal, a sua origem é de madeira. Por esta razão, até hoje, a flauta transversal é classificada nas orquestras como um instrumento pertencente ao grupo das madeiras.
O instrumento era feito originalmente de madeira, passando-se posteriormente a fabricá-lo em prata ou outro metal, que confere uma maior intensidade do som, melhor afinação, mais facilidade de uso das chaves.
A flauta transversal é um tubo aproximadamente cilíndrico dividido em três partes principais: Bocal ou Cabeça, Corpo e Pé.
   > O bocal possui um orifício com as bordas em formato adequado para que o instrumentista apoie cómodamente o lábio inferior. O tamanho e forma do orifício pode alterar radicalmente todo o funcionamento e execução.
   > O corpo possui diversas perfurações e um sistema complexo de chaves.
   > O é uma extensão do corpo, possuindo três ou quatro chaves. Termina geralmente na chave de Dó.
Alguns cuidados com a flauta transversal:
     > Tocar sempre com a postura correta;
     > Higienizar a boca e as mãos antes de tocar;
     > Limpar sempre com flanela, por dentro e por fora, guardando-a sempre seca;
     > Guardar sempre a flauta no estojo e na bolsa;


Alguns exemplos:






terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma pequena história do Grande Homem que está à frente deste Grupo PEDRO RALO



Pedro Miguel Serrano Ralo nasceu a 30 de Outubro de 1985 em Lisboa na Freguesia da Lapa.
Em 1996 iniciou os seus estudos musicais com seu pai na Banda Municipal Mouranense como executante de clarinete.
No ano de 1998, foi admitido na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa como aluno de Clarinete na Classe do Prof. Rui Martins.
Tem participado em vários master classe com os Profs: Rui Martins, Luís Gomes, Nuno Silva, Joaquim Ribeiro, Emídio Costa, Hernâni Moura, Alberto Lajes, Carlos Marques, Vitor Ferreira, Luís Ferrer.
Participou também como ouvinte em master classes orientados pelos professores: Hakan Rosengreen e Guy Deplus.
Em 2001,participou no XVIII Curso Internacional de Jovens Músicos do INATEL, ministrados pelos Professores: Carlos Marques, Vìtor Ferreira, Tristão Nogueira e Paulo Lameira e Joaquim Raposo.
No ano de 2003, pediu transferência para o Conservatório Regional do Baixo Alentejo ingressando na Classe de Clarinete do Professor Emídio Costa.
Também no ano de 2003 Participou no 3º Curso para Regentes e Músicos Filarmónicos, organizado pelo Conservatório Regional do Baixo Alentejo, na classe de direcção ministrada pelo Professor José Manuel Ferreira de Brito.
Em 2004,Ingressa no Exercito como músico executante de clarinete em Sib, estagiando na Banda do Exército, sendo posteriormente colocado na então Banda da Região Militar do Sul (actual Banda Militar de Évora).
Em Abril de 2004,participou no 4º Curso para Regentes e Músicos Filarmónicos, organizado pelo Conservatório Regional do Baixo Alentejo, na classe de clarinete ministrada pelo Professores Emídio Costa e Hernâni Moura.
Participou no 1º Curso de promoção a cabo, no ano de 2007, ministrado na Escola Prática de Artilharia, tendo sido promovido após o término do curso.
Também no ano 2007,participou no master classe de clarinete e música de câmara da Banda Militar de Évora, ministrada pelo Professor Alberto Lajes.
 Também no ano de 2007, participou no Concurso para Jovens Interpretes do Prémio “José Augusto Alegria”, organizado pelo Conservatório Regional do Alto Alentejo.
No ano de 2008, Participou no 2º Workshop de Direcção de Orquestra e outros Agrupamentos, organizado pelo Conservatório Regional do Alto Alentejo e ministrado pelo Maestro Roberto Perez.
Tem pertencido a vários agrupamentos de Música de Câmara, Bandas Filarmónicas, Orquestras de Sopro e á Orquestra Ligeira “Cidade de Évora”.
Foi Maestro da Banda Filarmónica de Brinches, no período entre 2005 e 2009.
Estuda actualmente na Universidade de Évora no curso de Interpretação e também no Centro de Estudos em Direcção de Orquestra de Sopros.
È Maestro do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense desde Dezembro de 2009.

Historial do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense




O Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense, com mais de três séculos de dedicação á música, assume-se como associação artística e recreativa que contribui para o desenvolvimento cultural do concelho e divulga a tradição musical junto da população.
De acordo com a inscrição visível numa das faces do estandarte, este grupo foi fundado em 1700 sendo por isso das bandas de música mais antigas do país, senão a mais antiga. O seu fundador terá sido o padre Truta, pároco da freguesia do Cabril, com o fim de promover e desenvolver a música. No entanto, nenhuma prova atesta que a existência deste grupo data do século XVII, uma vez que o documento mais antigo que existe é uma carta de 6 de Setembro de 1863,assinada por António Joaquim Alves da Silva, em nome da sociedade.
A 7 de Dezembro de 1907 surgem os primeiros estatutos conhecidos, assumindo juridicamente este grupo como Associação Artística e Recreativa. Vinte anos depois, a 8 de Dezembro de 1927,são aprovados os segundos estatutos que estabelecem como objectivo fundamental da associação a arte musical e dramática. No final do século XIX, início do século XX, o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense contou com a dedicação e apoio material do Dr. José Maria Henriques da Silva.
È importante salientar que grande parte da história desta filarmónica se encontra relatada nas partituras e papéis de música, onde o executante ou o regente escrevia passagens ou datas importantes. Exemplo disto é a partitura da célebre marcha fúnebre "Lágrima" ou "Saudade", escrita por Jaime da Cunha, onde se pode ver escrito:"Escrita para o funeral da filha do autor e tocada no dia 29 de Abril de 1923". Outros exemplos são ainda "Recordação da Pampilhosa", escrita por José Nunes Afonso, escreveu:"À memória de Armando Afonso, 8 de Outubro de 1958".
O Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense teve a sua sede nas instalações da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra e desde 2005 tem instalações próprias na antiga Escola Primária da Vila de Pampilhosa da Serra.
Este grupo é testemunho das diferentes formas de estar do Homem em sociedade, não abandonando o importante papel de divulgação dos valores culturais e sociais. Isto porque tenta assegurar a participação da comunidade na promoção e na divulgação da música, o ideal que marcou a fundação do grupo. Tendo isto em mente e para assegurar a continuidade do grupo e a formação de novas gerações de músicos para a arte sublime da música, foi fundada a Escola de Música que conta com 25 alunos.
Actualmente, a Filarmónica conta com cerca de 35 executantes, tendo a maior parte iniciado a sua formação musical na Escola de Música, e é dirigida pelo maestro Pedro Ralo.